Governo americano não conseguiu reverter decisão que libera entrada de imigrantes no país. Medida anunciada por presidente impedia que cidadãos de 7 países chegassem aos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmou em sua conta pessoal no Twitter que “Não pode acreditar que um juiz poderia colocar nosso país em um perigo destes. Se algo acontecer, culpem a ele e ao sistema judicial. Está ‘chovendo’ gente”, na tradução livre.
Em outro tuíte, Trump diz que instruiu o departamento de segurança interna para verificar as pessoas que entram nos Estados Unidos com “muito cuidado”. Mas, de acordo com o presidente, “os tribunais estão tornando o trabalho muito difícil”.
Entenda o caso
No último dia 27 de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva que suspendia a emissão de vistos para cidadãos de sete países: Irã, Iraque, Iêmen, Somália, Sudão e Síria, todos de maioria muçulmana.
A medida causou revolta e confusão, com protestos em aeroportos em todo o país. Na última sexta-feira (3), a justiça americana suspendeu o bloqueio ao visto de cidadãos dos sete países.
No dia seguinte, apesar de afirmar que iria cumprir a ordem, o governo recorreu da decisão. Ainda assim, houve a revisão da suspensão do visto de 60 mil pessoas. No Twitter, Trump considerou a medida ‘ridícula’.
Já neste domingo, um tribunal de apelações federal negou o pedido do Departamento de Justiça para que a medida voltasse a valer em todo o país.
O 9º Tribunal de Apelações, em San Francisco, pediu ao estado de Washington e ao governo Trump, no início deste domingo (5), que apresentem mais argumentos sobre o caso nesta segunda-feira (6) à tarde.
O decreto não bloqueia de forma imediata a entrada de refugiados, mas estabelece barreiras para a concessão de vistos, de acordo com a France Presse. No ano fiscal de 2016 (1º de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2016), os EUA admitiram em seu território 84.994 refugiados, de diversas nacionalidades, incluindo 10 mil sírios. A intenção do novo governo é reduzir drasticamente este número, o que no caso dos sírios pode chegar a 50%.
FONTE:G1