Perito do IML diz que preso encontrado morto na Delegacia de José de Freitas foi assassinado

 

 

O perito médico legal João Lisboa de Flores Filho após passar quase duas horas examinando o corpo do detento Rogério Alves de Oliveira, de 29 anos, que foi encontrado morto dentro de uma cela da Delegacia de José de Freitas-PI, na manhã do dia 14 deste mês de março de 2019, informou à família que Rogério foi assassinado e que não teria cometido suicídio como os seus colegas de celas teriam afirmado logo após o corpo ser encontrado com uma corda no pescoço e amarrada nas grades da cela. Segundo a família, na cela onde Rogério foi encontrado morto tinham mais sete presos.

De acordo com informações repassadas pelo radialista Chico Mendes, que é irmão do carroceiro José Maria, que é pai de Rogério Alves de Oliveira, o perito médico legal João Lisboa, que, inclusive, já foi diretor do IML de Teresina-PI, após examinar minunciosamente o corpo do detento Rogério Alves revelou para ele (Chico Mendes) e para Francisco Alves de Oliveira, que é irmão da vítima, que Rogério Alves de Oliveira teria sido morto e que não teria cometido suicídio.

De acordo ainda com o radialista Chico Mendes, a informação que a família já obteve é de que seu sobrinho Rogério Alves de Oliveira teria sido morto durante a madrugada do dia 14 de março, quando ele estava dormindo.

A família de Rogério Alves de Oliveira afirma que não está questionando o fato dele ter sido condenado a 9 anos pela Justiça, acusado dos crimes de extorsão e exploração sexual contra uma menor de 15 anos, em José de Freitas-PI, mas sim, a forma como ele teria sido morto dentro da cela e já que era acusado de crime sexual, como forma de preservar a integridade física do preso, teria que ser colocado em uma cela sozinho ou de imediato ter sido encaminhado ao Sistema Prisional do Estado. O problema é que sempre o Sistema Prisional do Estado diz que não dispõe de vagas e que tem que aguardar até surgir uma vaga.

Outro fato que a família está questionando é que a mulher de Rogério Alves de Oliveira, identificada por Adriana levou o café para Rogério às 7 horas da manhã do dia 14 deste mês, tendo um dos agentes de plantão recebido o café, mas não teria falado nada se Rogério ainda estava vivo ou morto. Segundo o radialista Chico Mendes, os agentes que estavam de plantão eram Carlos Estevam e Maicon, e que a família só ficou sabendo da morte de Rogério Alves de Oliveira, através das redes sociais.

De acordo ainda com as informações repassadas por Chico Mendes, o perito médico legal João Lisboa teria informado para ele e para Francisco Oliveira, que o preso Rogério Alves teria sido morto por estrangulamento e asfixia e que teria encontrado no pescoço da vítima marcas de dedos e de cordas.

A mulher do detento Rogério Alves de Oliveira, identificada como Adriana registrou um Boletim de Ocorrência, na Delegacia de José de Freitas-PI, ainda no dia 14 de março quando soube da morte do seu companheiro e no mesmo dia à tarde, ela foi ouvida pelo delegado Divanilson Sena.

Rogério Alves de Oliveira foi preso no dia 13 de março de 2019, em sua residência na Rua Pedro Cruz, no bairro Tijuca, na cidade de José de Freitas-PI, após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça de José de Freitas, para cumprir pena de 9 anos de prisão a que foi condenado, acusado dos crimes de extorsão e exploração sexual contra uma menor de 15 anos.

A família de Rogério Alves de Oliveira está tentando uma audiência com o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keyko para saber sobre as providências já tomadas sobre o caso. A família contatou o vereador Alfredo Holanda para levar quatro membros da família de Rogério Alves para conversar com o delegado geral Lucy Keyko.

Delegado aguarda laudos do IML e do Instituto de Criminalística

delegado Divanilson Senna

O delegado Divanilson Sena, titular do 17º Distrito Policial, na cidade de José de Freitas-PI ao ser ouvido pela reportagem do Saraivareporter.com, na manhã desta segunda-feira (18 de março de 2019) sobre a morte do preso Rogério Alves de Oliveira, afirmou que iniciou a investigação do caso, mas que no momento não poderia acrescentar detalhes sobre o ocorrido porque ainda está aguardando os laudos do Instituto Médico Legal de Teresina e do Instituto de Criminalística do Piauí.

“Iniciamos a investigação, mas vou aguardar os laudos para confirmação e fazer uma afirmação com provas documentais”, disse o delegado Divanilson Sena para o Saraivareporter.com

Fonte: Saraiva Repórter

 

 

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