A OAB identificou crime de responsabilidade ‘indiscutível’
Uma semana após o início da maior crise do governo Temer, a pressão continua sobre o presidente e a turbulência política deve ter um novo capítulo hoje. A OAB pometeu entregar à tarde o pedido de impeachment do presidente. A formalização do documento na Câmara ocorre no dia seguinte à chegada do Exército às ruas de Brasília. Uma resposta de Temer às manifestações, que acabaram em confronto, quebra-quebra e depredação de prédios públicos.
17º pedido de impeachment
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, marcou para hoje a entrega da denúncia com o pedido formal de impeachment contra o presidente Michel Temer.
O documento, endossado por representantes da entidade em 24 estados e o DF, será juntado a outros 16 pedidos de impeachment que já foram protocolados na Câmara
A OAB identificou crime de responsabilidade ‘indiscutível’ em dois trechos da conversa entre Temer e o dono da JBS, Joesley Batista
Caberá ao presidente da Câmara decidir se aceita ou não os pedidos para abrir o processo que pode tirar Temer do poder. Ontem, Rodrigo Maia afirmou que é preciso ter paciência e que a decisão não será tomada ‘da noite para o dia’
Militares nas ruas
Ontem à noite, o caos que se instalou em Brasília mais cedo deu lugar à presença de homens do Exército nas ruas. A Esplanada dos Ministérios foi cercada pelos militares.
O presidente Temer decretou o uso das Forças Armadas nas ruas da capital por uma semana para “garantir manifestação pacífica”
Ao colunista Gerson Camarotti, o ministro da Defesa Raul Jungaman justificou o uso do Exército e disse que a PM não conteve a ‘baderna’
Foram 7 presos, 49 feridos e um rastro de depredações de prédios públicos e de estruturas que compõem a Esplanada e incêndio na área interna dos ministérios da Agricultura.
Mais reunião com aliados
Na agenda do presidente, a quinta-feira será de mais reuniões com a base governista para enfrentar a resistência da oposição no Congresso. De manhã, Temer se reúne no Planalto com os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil; Moreira Franco, da Secretaria Geral; e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional.