Jenipapo 200 Anos”: a rebeldia de Oeiras no processo de independência

Podcast dividido em cinco episódios está no Spotify e YouTube e tem conteúdo pensado para escolas

Estreia, nesta segunda-feira (10), o último episódio do podcast “Jenipapo 200 Anos”, produção distribuída pelo Spotify, YouTube e demais plataformas, com conteúdo pensado para escolas. O entrevistado é o historiador Reginaldo Miranda, que mostra o papel de Oeiras no processo de independência do Brasil.

No ano do bicentenário da Batalha do Jenipapo, ocorrida em 13 de março de 1823, o material, dividido em cinco episódios, revela detalhes importantes do confronto. Fidié, marchava com as tropas portuguesas rumo à então capital, Oeiras. Por lá e durante o percurso, a resistência daqueles que já não respondiam às ordens portuguesas.

Fidié deixou Oeiras em 13 de novembro de 1822, à frente do batalhão de primeira linha e da tropa miliciana. “Assim, a situação mudou sensivelmente. Aqueles em que Fidié mais confiava foram os primeiros que se levantaram em armas para depô-lo e proclamar nossa solene e completa independência do reino de Portugal”, aponta Reginaldo Carvalho.

Então, um atentado demonstrou a insurgência piauiense. “Simbolicamente, trinta dias depois, em 13 de dezembro, seis homens encapuzados invadiram a casa da pólvora, surpreendendo os guardas, tomando-lhes as armas e lhes aplicando algumas chibatadas, sem que ninguém os socorresse. Em torno do episódio houve devassa, mas nada foi apurado, sendo o silêncio bastante eloquente. Oeiras tramava. Oeiras conspirava. No silêncio da noite, urdia-se a tessitura da independência”, acrescenta o historiador.

A batalha que desviou o caminho de Fidié, que rumava em direção a Oeiras, ainda às margens do Rio Jenipapo, mais ao Norte do território piauiense, foi uma jornada de coragem e muito sangue derramado. Sem dúvidas, um capítulo marcado no imaginário do povo piauiense.

Com entrevistas gravadas nos modernos estúdios da TV I, o podcast “Jenipapo 200 Anos”, apresentado pela jornalista Cinthia Lages, exalta os registros do evento histórico. A produção, dividida em eixos temáticos, é uma realização da Monteiro & Bezerra LTDA e é apoiada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), do Governo do Estado do Piauí.

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