As doze crianças resgatadas nesta terça-feira (31), em um sítio, sofriam maus-tratos psicológicos e físicos e foram encaminhadas para uma instituição de acolhimento em Teresina. O caso envolve herança de família e vem sendo apurado desde 2017.
De acordo com o gerente de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas, André Santos, uma tia das crianças tomou dos pais e foram os pais que denunciaram os maus-tratos.
“A tia estava criando esses filhos, ela tomou dos pais, até para ter uma legitimidade na questão da herança deste sítio. No local morava também uma das irmãs que sofre de doença mental. Na casa tinham 18 pessoas, seis adultos e 12 crianças. A denúncia chegou em 2017 e o caso estava sendo investigado”.
André Santos contou ainda que as crianças eram entre irmãos e primos e trabalhavam em uma carvoaria. “A Semcaspi deu cumprimento mandato de busca e apreensão dessas crianças. O que consta nos autos é que essas crianças e adolescentes faziam carvão, trabalhavam em uma carvoaria”.
O grupo resgatado tem idade de 4 a 16 anos, sendo que a média da maioria é de 8 anos e o resgate aconteceu por equipes da Polícia Civil do Piauí (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e Gerência de Polícia Especializada) com apoio do Conselho Tutelar, da Gerência de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, e da Polícia Militar. A DPCA vai instaurar um inquérito para apurar o caso.
Fonte: Clubenews