A Casa-Grande de São Domingos é do século XVIII e originou a sua saga com a família Castelo Branco, e também envolveu outras famílias, como a dos Sousa Gayoso, a dos Almendra e a dos Almendra Freitas, enriquecendo as genealogias seculares destas famílias.
A fazenda tem este nome em homenagem à São Domingos Gusmão, santo de devoção muito difundido em Portugal e na Espanha.
A Casa-Grande de São Domingos chegou a contar com uma centena de escravos, que se tornariam fundamentais como mão de obra na sua estrutura de produção da pecuária e da lavoura desenvolvida pela a fazenda. Nos meados do século XIX, a Casa-Grande de São Domingos teve o seu apogeu com a venda de gado, e com a família de seu proprietário, Jacob Manoel d’Almendra no auge da política partidária piauiense, de onde originaram-se deputados (Jacob Manoel d’Almendra, Jacob Junior, Jacob Almendra de Sousa Gaioso, João Henrique) e até governador (José Sampaio Almendra), influenciando, inclusive na mudança da capital de Oeiras para Teresina.
O declínio da Casa-Grande é constatado no final do século XIX por conta das transformações dos valores rurais, em decorrência, sobretudo, da abolição da escravatura, na gestão de Lina Leonor e Jacob de Almendra Freitas. Após este declínio a fazenda foi desmembrada entre os seus herdeiros, no século XX. Atualmente, o São Domingos é um próspero Assentamento de Reforma Agrária e a Casa-Grande é tombada, mas vive no abandono total.