O limite, porém, quem estabelece é o usuário.
Depois da terceira cerveja, todo mundo fica rico, mesmo que não tenha um tostão na conta ou na carteira. No dia seguinte, porém, a realidade bate, e a dor de cabeça não é somente pelo excesso de álcool da noite anterior – a ressaca financeira de uma bebedeira pode ser bem pior. Foi para evitar os gastos desnecessários que o álcool pode trazer que o aplicativo DrnkPay foi criado – e ele funciona como uma severa lei seca em nossos bolsos.
O limite, porém, quem estabelece é o usuário. Antes de começar a beber, ele inscreve seus cartões, e a quantidade e tipos de bebida permitidas antes que o aplicativo bloqueie o uso de cartões. É possível, portanto, determinar que quatro cervejas é o seu limite. No bar então, na hora do pagamento, uma “dura” é aplicada, e o usuário precisa estar limpo para conseguir utilizar o cartão.
Para ser liberado, dois requisitos precisam ser cumpridos: que o limite de drinques não tenha sido alcançado – através de um biosensor instalado em uma pulseira – e que o usuário sopre em um bafômetro que o smartphone reconheça, e que envie a informação para o aplicativo provando que você pode ainda gastar.
O usuário também pode, é claro, determinar para quais tipos de estabelecimentos o cartão estará bloqueado – permitindo assim, por exemplo, que ele volte pra casa pagando com cartão. Pois outra função que o app pode realizar é chamar um Uber para que se possa ir embora. Aquela ideia de comprar uma passagem para o Egito que, no auge ébrio, pareceu genial, pode então ser evitada.
O aplicativo ainda vai demorar cerca de um ano para estar ativo, pois é preciso a conexão com instituições bancárias. Até lá, o jeito terá de ser segurar a onde, para não acordar pobre depois de uma noite nababesca de luxuria e excessos numa mesa de bar.