O promotor de Justiça, Silas Sereno Lopes, informou nesta quinta-feira (9) que fará novas diligências no caso da morte dos dois irmãos envenenados em Parnaíba, em agosto do ano passado, após a prisão ocorrida ontem (8) de Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, que é padrasto de Francisca Maria da Silva, mãe dos meninos.
Silas Lopes acompanha o processo dos garotos – Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos e do irmão João Miguel da Silva, de 7 anos, que foram mortos envenenados com cajus. A vizinha dos meninos – Lucélia Maria da Conceição Silva – foi presa suspeita de ter colocado veneno na fruta. Ela foi denunciada por vizinhos e teve a casa incendiada no dia da prisão.
Os dois garotos são da mesma família e morava na mesma casa das oito pessoas envenenadas recentemente durante almoço no dia 1º de janeiro. O padrasto Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso ontem suspeito de envenenar a família no réveillon. Entre as vítimas fatais do envenenamento estão a mãe e dois irmãos de Ulisses e João Miguel.
Com a prisão do padrasto o caso pode ter reviravolta. O promotor Silas Lopes informou que vai requerer novos depoimentos de parentes para saber realmente se a vizinha presa é inocente ou culpada.
“Vou ouvir novamente parentes dos garotos, principalmente a irmã de Francisca Maria da Silva, para fazer questionamentos para evitar injustiças”, disse o promotor.
Ele informou que aguarda o laudo dos cajus do Instituto Criminalística para checar com a perícia feita nos corpos dos dois garotos. O primeiro laudo constatou a presença de terbufós, um veneno usado como praga para plantas.
Durante a prisão, ela não confessou o crime do envenenamento dos garotos. Ela foi denunciada por vizinhos e por familiares dos meninos de que eles receberam uma sacola com cajus, comeram no quintal de casa e logo depois passaram mal.
De acordo com o inquérito, a polícia questionou se a vizinha presa tinha veneno em casa e ela negou. No entanto, foi encontrado substância semelhante a veneno no quarto dela. Em seguida, ela alegou que guardava o veneno porque tem um irmão com ideação ao suicídio.
Silas Lopes informou que está marcado uma audiência para este mês onde irá ouvir novas testemunhas e a própria vizinha Lucélia Maria da Conceição, que se encontra presa.
“Na audiência, ela terá oportunidade de fazer sua defesa e de aparecer novas provas que pode levá-la a júri ou ser inocentada”, disse o promotor.