Audiência Pública reúne parlamentares e entidades para discutir a Reforma da Previdência

Previdência atinge de cheio os trabalhadores

Diversas categorias e sindicatos estão reunidos, neste 15 de março, em audiência pública para discutir a Reforma da Previdência (PEC 287/16). A audiência foi proposta pelo deputado João de Deus (PT) a pedido das classes que pedem apoio aos deputados estaduais, federais e senadores contra a PEC que tramita na Câmara Federal e que, segundo as entidades sindicais, tiram direitos dos trabalhadores.

O deputado João de Deus fez o discurso de abertura destacando a importância desta audiência pública e do envolvimento das categorias para pressionar a classe política para juntar-se ao movimento. João de Deus afirma também que as reformas que o Governo Federal pretende implantar depreciam os direitos conquistados ao longo dos anos e atinge, em especial, a classe trabalhadora.

“Hoje é um Dia Nacional de Luta é importante chamar a atenção para o que o governo federal está querendo implementar. Ele [governo], se valendo de uma maioria de integrantes da Câmara Federal, vai empurrar de goela abaixo reformas que tiram direitos e massacram a classe trabalhadora do país e a Reforma da Previdência é uma delas”, afirmou.

alertou ainda que “sem dúvida a Reforma da Previdência atinge de cheio os trabalhadores de modo geral e duramente os professores”. De acordo com a PEC 287/16 a aposentadoria especial dos professores será abolida. Atualmente um professor pode se aposentar aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição. Com a reforma a classe terá que contribuir por mais 15 anos. “A aposentadoria especial conquistada pelos professores é devido a sua jornada de trabalho não encerrar no dia a dia, muitas vezes no final de semana o professor corrige provas, prepara aulas e a legislação atual considera que é uma jornada extra e por isso garante a aposentadoria especial”, explicou.

O parlamentar petista conclamou a população para iniciar movimentos, por meio dos sindicatos rurais e outras entidades municipais, a fim de mobilizar a classe política para que essa repercussão seja reproduzida em âmbito nacional com mais força.

A professora Odeni de Jesus, presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI), explicou que a união de várias entidades ao movimento é uma demonstração que a luta não é apenas dos professores, mas de toda a classe trabalhadora. E como representante do Sinte-PI, se posiciona “contra a proposta da previdência, porque é uma proposta muito ampla e profunda que atinge homens e mulheres, mas castiga principalmente as mulheres”, relatou.

Entre os prejuízos da reforma, Odeni de Jesus citou a alteração da idade de contribuição da mulher que terá, no mínimo, que ter 25 anos de contribuição e ainda não terá aposentadoria integral porque é necessário contribuir por 49 anos e, o fim da paridade e integralidade dos aposentados, ou seja, os reajustes dos aposentados não serão mais vinculados ao salário mínimo.

Participaram da mesa os deputados Evaldo Gomes (PTC) e Cícero Magalhães (PT). A audiência contou ainda com a presença dos representantes da CUT – Central Única dos Trabalhadores, dos sindicatos dos Auditores, Educação, Bancários, Policiais Civis, Polícia federal, Comerciários, Radialistas Trabalhadores Rurais.

Fonte: Alepi

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