José Dirceu é condenado a 11 anos e 3 meses na Lava Jato

Em maio de 2016, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula já havia sido condenado a 23 anos e 3 meses de prisão

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi condenado mais uma vez no âmbito da Operação Lava Jato pelo juiz Sergio Moro, desta vez a 11 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a sentença, Dirceu recebeu propinas no valor de 2,1 milhões de reais para favorecer um contrato da empresa Apolo Tubulars com a Petrobrás para fornecimento de tubos entre 2008 e 2012.

Em maio de 2016, o ex-ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva já havia sido condenado a 23 anos e 3 meses pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa por participação em esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras. Na sentença, Moro apontou que Dirceu havia recebido 15 milhões de reais em propinas pagas à empresa do petista, a JD Consultoria. Dirceu foi preso em agosto de 2015 durante a 17ª fase da Lava Jato, batizada da Pixuleco. Moro reduziu a pena em seis anos pelo fato de Dirceu ter mais de setenta anos (atingiu a idade em março de 2016).

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, durante audiência que ouve os presos da operação Lava Jato na CPI da Petrobras, no prédio da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (31)

Segundo os procuradores, o valor total de propinas ultrapassou 7 milhões de reais. O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, condenado por corrupção passiva no mesmo processo, viabilizou a contratação da Apolo Tubulars para “fornecimento de tubos com valor inicial de R$ 255.798.376,40, que foi maximizado para o valor de R$ 450.460.940,84”. Segundo a sentença, os valores de propina já estavam incluídos no total do contrato.

Além de Dirceu e Duque, foram condenados o irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (seis anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro), e os empresários Eduardo Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, da Credencial Construtora – que teria sido usada para viabilizar o pagamento da propina -, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Já os executivos da Apolo Tubulars Paulo Cesar de Castro Palhares e Carlos Eduardo de Sá Baptista foram absolvidos por falta de provas.

Fonte: Veja

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